Logo nos primeiros anos de vida da Mini rampa do Jorda (bairro Jordanópolis de SBC/SP), surgiu uma nova geração de skatistas no local, dentre eles havia um pirralho que pegava impulso ainda errado, tinha uma facilidade de aprender manobras e muita base com estilo logo cedo.
Daquela geração até hoje, Leonardo Daniel Gussi é um dos poucos em que manteve o skate na sua vida. Nessa entrevista Gussi com muita personalidade e descontração, conta como conheceu o skate e de como o mesmo se relaciona entre o seu trabalho, amigos e família.
Nome: Leonardo Daniel Gussi
Patrocínios: Onbongo
Apoio: Vinícius Odilon designer de jóias
Idade: 24
Tempo de skate: 11 anos
Melhor pico: Campom
Manobra preferida: Ollie é vida! Grind é foda!
Influências no skate: Vixi fui influenciado por vários(risos), mas os que mais influenciam são os que andam por que gostam de andar de skate, aqueles que senão tiver ninguém olhando ou ninguém pra andar junto ele vai adrenar mesmo assim.
Um vídeo: First Love. A parte do Omar Salazar é foda, o cara tira onda andando.
Som: De Tim Maia a Rage Against the Machine, overall (risos).
Acredito que para você foi fácil descobrir o skate para sua vida. Pois existe um a praça com rampas bem na frente de sua casa, além disso, tem uma excelente mini rampa no seu bairro. Como foi o seu começo? O quanto foi importante morar nesse local?
Gussi: Tenho um irmão que é 11 anos mais velho do que eu, o cara fez a parte de me apresentar ao skate desde neném, quando eu já pirava no skate e queria vê-lo na praçinha skate para tentar andar(risos), mas depois de um tempo meu irmão saiu de casa e eu ainda novo não tinha mais de quem roubar o skate.(risos). Um dia eu estava na praça em frente de casa soltando pipa, aí chegou dois "lokos" de skate do nada, só que os caras foram usar umas drogas e me mandaram andar de skate pra dar uma disfarçada na praça, eu estava de bobeira mesmo.. Quando comecei a dar uns impulsos tomei uns tombos e foi bem divertido. Depois disso eu comecei a prestar mais atenção no skate na frente da minha casa que têm duas rampinhas de cimento até hoje. Eu escutava o barulho e ia correndo para a praça para esperar alguém cansar e pedir para dar uma volta no skate da pessoa. Assim fiz novas amizades e um dia ganhei o meu primeiro skate dos meu pais, aí acabei começando a andar em outros lugares, foi uma fase muito "da-hora".
O seu bairro, Jordanópolis é bem conhecido no ABC pela sua localidade e pelos skatistas que saíram de lá, como Glauco Veloso (Campom), Tio Liba, Gilberto Cossia, Jordir Damasio e Daniel Marques. Como isso influenciou o seu skate?
Gussi: O JORDA é foda né (risos)... Brincadeira pô! Esses caras que você citou são especiais e fizeram parte da cena do skate, todos têm personalidade e são cheios de histórias. Hoje posso dizer são meus amigos, além de darem o maior rolê de skate, os caras são de atitude, um salve pra todos eles.
Em uma época em que quase não existiam campeonatos de Vertical e muito menos de Banks para a categoria Iniciante e Amador você corria bastante os campeonatos de mini rampa. Mas você passou pelo half pipe e atualmente você compete mais Streep. Você tem alguma modalidade de preferência?
Gussi: Tenho sim: o SKATE! Sei lá, eu sempre gostei de andar de skate, nunca encanei muito com o lugar. Essa época em que eu competi bastante nas transições eu ia com a galera que andava aqui na mini comigo, isso era sempre muito divertido, nos campeonatos os caras eram muito engraçados, rolava a maior bagunça e quando a gente se dava bem era melhora ainda. E hoje, continuo com essa vibe porque gosto de andar com os amigos, seja na rua, na pista, no vert ou em campeonatos, vamos andar de skate!
Quem são seus parceiros de sessão? E qual foi um rolê de skate que te marcou?
Gussi: Gosto de andar com todo mundo, estou sempre na pista, então cada hora fico andando com alguém... Puts, lembro de uma vez em que eu estava com o Roger e o Fagu, rolou uma aposta e o Fagu perdeu e para pagar a aposta perdida, ele teve que andar de cueca na mini rampa. Assim que ele tirou a roupa e começou a andar de cueca, eu peguei as roupas dele e corri com elas o cara fico bravão (risos), deu uns gritos comigo e tudo mais. Ele ficou de cuequinha se escondendo atrás da mini (risos) foi a cena mais engraçada.
Hoje você trabalha como operador de skate no Parque da Juventude de São Bernardo, que é a maior pista de skate da América Latina, com a melhor infra-estrutura. Por ser trabalho, isso atrapalha ou ajuda no seu skate?
Gussi: Estar na pista de skate de São Bernardo do Campo não tem como atrapalhar, eu estou vendo skate o tempo todo, vendo manobra nova sempre, os caras sempre estão em São Bernardo ali na pista, sempre alguma coisa acontece e a galera que trabalha comigo representa, todo mundo e drena, então todo mundo se entende e quando drena junto é muito mais style!
Você também é um você um profissional na área de marketing, essa sua formação te ajuda no seu trabalho como skatista?
Gussi: Eu sou skatista da Onbongo, o meu patrocínio sempre investiu em mim. Eu achava que era apenas andar de skate evoluir nas manobras, mas a minha visão mudou depois que eu comecei a trabalhar no departamento de marketing de uma rede de lojas de surf, o meu relacionamento com o meu patrocinador melhorou e percebi que quem investe, quer resultados! Então, vamos trabalhar!
Planos para o futuro?
Gussi: Têm vários! Não cabe eu contar aqui, aguardem... (risos)
Agradecimentos:
Gussi: A Deus e a todos que fizeram parte direta ou indiretamente da minha evolução, a Família Onbongo, os "monstros" do parque, a galera que está sempre na sessão, ao meu tio Maguila e família, os JAWS e ZAOS, a dona Claide Guerreira de fé, ao meu pai, à minha namorada Rebeca e família, agradeço o Flávio Nascimento e a Natural Surf pelo espaço e muito obrigado a todos! Fé em Deus.
Fonte:www.campeoantosdeskate.com.br
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