No último dia 29 de setembro, a adidas Skateboarding promoveu um evento em São Paulo (veja notícia), no qual reuniu pela primeira vez o time Global, o Internacional e o Nacional.
O evento contou com a participação especial da lenda Mark Gonzales e teve ainda um pocket show do Dinosaur Jr.
Minutos antes de começar a demo numa minirrampa instalada na Praça Marechal Cordeiro Faria, conversamos com os skatistas profissionais Nestor Judkins (EUA) e Klaus Bohms. Confira a (dupla) entrevista exclusiva:
Nestor, quais as expectativas pra essa tour no Brasil?
Nestor - Minha expectativa era encontrar muito sol, foi o que imaginei (nota: estava chovendo e frio no dia). E quero conhecer pessoas, andar de skate em picos novos e provar a comida. Quero muito provar a comida brasileira. Ah, nós vamos pra praia amanhã!
Qual praia?
Nestor - Ubatuba!
Klaus - Isso, Ubatuba! E depois vamos pro Rio de Janeiro.
Além do Klaus, você já conhecia os outros integrantes da equipe adidas no Brasil?
Nestor - Não, na verdade não. Eu conheci o Klaus há um ano, em Londres.
Klaus - Foi uma viagem muito legal.
Nestor - Sim, foi demais!
Klaus - Um pouco estranha também (risos)...
Nestor - É, foi estranha mas legal!
Essa viagem pra Londres rendeu um vídeo, chamado “Rolling London”...
Nestor - Sim! Foi legal pra conhecer um outro lado da equipe adidas. E foi assim que conheci o Klaus. Mas esse é um jeito legal de conhecer uma pessoa...
Até então você nunca tinha ouvido falar do Klaus?
Nestor - Eu tinha ouvido falar dele, mas não o conhecia pessoalmente.
E o que você conhece da cena brasileira de Skate?
Nestor - Ah, nós sabemos muita coisa. Afinal muitos skatistas brasileiros têm patrocínios de marcas norteamericanas. Então estamos familiarizados com esses skatistas, como Adelmo, Rodrigo TX, etc. O Brasil carrega essa reputação de ter os melhores skatistas do mundo por alguma razão... Quer dizer, alguns dos melhores skatistas vêm daqui, é fato.
Klaus - E são skatistas que andam de um modo diferente por causa dos lugares onde eles andam de skate... Tem um espírito de adaptação a qualquer tipo de terreno.
Como é fazer parte do mesmo time que Mark Gonzales?
Nestor - É um choque. Toda vez que o encontro é sempre muito divertido. É fantástico, e é muito divertido vê-lo andando. É incrível, afinal ele inventou o Street Skate.
Klaus - Ele é uma pessoa muito diferente...
Nestor - Sim, além do skate em si, é divertido apenas estar ao lado dele. Observar as coisas que ele faz, como ele faz...
Você lembra do seu primeiro encontro com Gonz?
Nestor - Claro! Foi insano!
Klaus - Eu o conheci anteontem (risos). Eu já sabia um pouco sobre ele, dos caras da equipe me contarem e tal, então eu meio que conhecia pelos outros. Mas foi muito legal conhecê-lo pessoalmente. Inclusive eu fui junto buscá-lo no aeroporto. Viemos no carro conversando, mas ele é um cara bem introvertido. E faz perguntas peculiares. É uma pessoa diferente. Por isso foi legal conversar pessoalmente e não apenas através de rumores.
Aconteceu uma coisa engraçada: ontem eu me machuquei e fui pra casa da minha namorada. Minha mãe passou no hotel pra buscar o meu carro, que eu tinha deixado no estacionamento do hotel. Ela não sabe quem é quem, e quando ela chegou no hotel o Mark Gonzales estava na portaria. E ela levou o cara pra casa da minha namorada (risos)! Eu estava na casa da minha mina, e de repente o Mark Gonzales tocou a campainha! Minha mina perguntou: — “quem é esse cara?” - “Esse cara é o Gonz”, eu disse. Aí ficamos lá a noite, conversando, foi uma puta visita que eu nunca vou esquecer!
E por que ele foi com sua mãe?
Klaus - Eu não sei, cara! (risos). Ela não fala nada de inglês! Mas o fato é que ele acabou indo, e foi a melhor visita que eu poderia ter...
Essa foi a primeira vez que a adidas reuniu todo o time internacional e global. Qual a importância disso?
Nestor - Eu acho muito legal que essa viagem tenha incluído toda a equipe! É muito interessante poder conhecer pessoas de outros lugares do mundo, especialmente pessoas que andam pela mesma marca que você.
Klaus - E tem gente de todos os lugares, EUA, Austrália, Inglaterra...
Nestor - Sim, pessoas de 10 países diferentes!
Quais suas primeiras impressões de SP? Muito diferente do que imaginava?
Nestor - É uma pena que nunca tenhamos tempo suficiente pra conhecer a cidade de verdade. Mas temos a oportunidade de conhecer um pouquinho, e sou absolutamente grato por isso. Bom, minha primeira impressão de SP é que a cidade nunca acaba! É muito grande! Tanto olhando pelo avião, quanto rodando de carro por aí, parece que os arranha-céus e os prédios nunca vão terminar!
Qual a melhor e a pior parte de uma tour como essa?
Nestor - A melhor parte é conhecer as pessoas! Pessoas de diferentes lugares, e que mostram que você tem conexões onde quer que esteja. E a pior parte...
Klaus - ...É que está chovendo! (risos)
Nestor - Isso, é a chuva! (risos) E não ter tempo de conhecer tudo que você gostaria da cidade. Mas isso nem é tão ruim assim...
Klaus - A pior parte é insignificante se comparada com a melhor parte!
Nestor - Na verdade nem dá pra dizer que tem uma parte ruim... Ou melhor, a pior coisa foi o Klaus ter machucado o pé ontem!
Klaus - Mas poderia ter sido pior...
Nestor - Foi ruim, mas poderia ter sido pior. Basta então manter uma atitude positiva!
Por: Marcelo Vigas
Fonte:www.campeontaosdeskate.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário