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Entre as exigências do caderno de encargos, um requisito óbvio era da Federação ter seus próprios campeões mundiais. A World Cup Skateboarding, que faz o circuito mundial, não poderia ser homologada por ser uma entidade privada. Então em 2009 aconteceu o primeiro ISF World Championships, coroando seus campeões mundiais.
Mas como, em primeiro momento, o skate está fora dos planos das Olimpíadas de 2012 (Londres) e 2016 (Rio de Janeiro), já não há mais motivo de pânico e parece que a entidade se dispersou. O site oficial da organização INTERNATIONAL SKATEBOARDING FEDERATION não está mais sendo atualizado e a segunda versão do ISF World Championship, que aconteceu no último final de semana, em Boston, não foi aclamado como mundial.
Caso a competição fosse mesmo um campeonato mundial, não seria justo coroar os “melhores do mundo” num cronograma apertado de três dias, que sofreu com a ausência de favoritos aos títulos por causa de lesões. Shaun White torceu o tornozelo, Bob se recuperava de um corte na canela, Rune Glifberg foi anfitrião num campeonato em Copenhaga, sua cidade natal.
Não adianta ter pressa. Se o objetivo era mesmo fundar a Federação como representante do skate nos jogos olímpicos, então os dirigentes precisam pensar em formatos de circuitos, competições e regras que, seja justo para todos os competidores e respeite a essência do skate sem desfigurar a cultura, transformando em esporte. Como Tony Hawk e Bob Burnquist defendem há anos, as Olimpíadas é que precisam do skate, não o contrário.
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Por: Sidney Arakaki
Fonte:www.campeonatosdekate.com.br
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