domingo, 27 de junho de 2010

Manobras supergeladas

A emoção e os desafios do street skate inspiraram atletas de snowboard a criarem um estilo diferente. Surgiu, então, o slopestyle, modalidade em que é preciso ultrapassar obstáculos, semelhantes aos vistos nas ruas, como canos de ferro, caixas de madeira, degraus, trilhos e rampas, ao mesmo tempo em que se realizam manobras radicais na neve.



Apesar de pouco conhecida no Brasil, a categoria tem muitos adeptos e fãs, principalmente nos Estados Unidos, Canadá, Chile e em países da Europa. Integra a Copa do Mundo de Snowboard, mas ainda não está presente nos Jogos Olímpicos de Inverno. Segundo Carlos Eduardo Barros de Almeida, diretor de snowboard da Confederação Brasileira de Desportos na Neve, isso não deve demorar a acontecer.

Só corajosos - Os praticante têm entre 17 e 45 anos, sendo a maioria jovens do sexo masculino. "O atleta tem de ser muito ousado, saltar, inventar e fazer manobras. Como nessa modalidade pode se machucar bastante, os mais velhos ficam preocupados", afirma Carlos Eduardo. "O estilo é livre e exige muita coragem. A gente tem de estar o tempo todo ligado", explica o skatista e snowboarder André Cywinski.

Paixão pelo snow e pelo skate
Em 1995, o andreense André Cywinski, 32 anos, foi para a Noruega fazer intercâmbio. Ficou um ano no país em que não falta neve e lá começou a praticar snowboard. Em 1997, competiu pela primeira vez no Chile e, em 1998, já participava do Circuito Mundial.

Mas a intimidade do atleta com esportes radicais é mais antiga. Desde a década de 1980, praticava skate numa pista de Santo André que já não existe mais (onde hoje é a avenida José Amazonas) e na de São Bernardo (a do Parque Radical, onde ele treina até hoje). "Skate, surfe e outros esportes que utilizam prancha ajudam muito na pratica do snow."

Segundo André, o snowboard ainda é caro para os brasileiros. "Hoje, estou mais presente no skate pela facilidade financeira", explica. O corpo do atleta leva as marcas de quem se dedica ao esporte há 15 anos. Entre tantos machucados, quebrou o nariz três vezes, tem hérnia de disco e até parafuso na coluna. "Neve machuca muito. É tão dura quanto a areia e a grama. A sensação de cair no fofo não existe."

Fonte:www.campeonatosdeskate.com.br

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